Como lidar com as ameaças da era digital ?


Como lidar com as ameaças da era digital?
Como lidar com as ameaças da era digital 


Recentemente uma ameaça digital voltou a rondar, mas agora atacando pequenos internautas, o Momo, se você nunca ouviu falar sobre o assunto vou te explicar, Momo é o nome dado a uma escultura estranha de origem japonesa. Por ter uma imagem assustadora, começou a ser utilizada para aterrorizar as pessoas – inicialmente por Whatsapp – e mais recentemente se descobriu estar em vídeos infantis do YouTube.

Essa imagem foi inserida em diversos vídeos infantis ensinando as crianças como cometerem suicídio, sim, no mínimo chocante.  E mais, Momo ensina detalhadamente não só como se machucar, mas como também machucar seus familiares. Realmente é aterrorizante, pois os vídeos podem ser vistos por crianças pequenas que não possuem sua cognição completamente desenvolvida.
Porém essa questão vai muito além do Momo, pais e responsáveis precisam ter em mente que o Momo é uma invenção digital, e como tal só tem visualização através das mídias sociais e a partir daí chegamos ao ponto de reflexão.

A responsabilidade é só dos inventores do Momo?
Atualmente crianças e adolescentes além de domínio da internet têm fácil acesso à tecnologia, essa é uma realidade que não retrocederá, ao contrario, portanto é necessário que pais, responsáveis e/ou cuidadores se adaptem a esses avanços. Pais de outras épocas tinham como principal preocupação o perigo “externo" e hoje em dia as ameaças vêm de muitas formas, inclusive as digitais.

Então, como lidar com as ameaças da era digital?
Os adultos têm o papel de filtrar e nortear o que chega aos seus filhos, ter a consciência  que o uso excessivo de tecnologia é prejudicial, mas muitos dirão que  “é fácil falar, o difícil é colocar em prática” – verdade - não é fácil, porém é possível.
Crianças e  adolescentes estão abertos ao diálogo quando se sentem escutados e amparados ,  quando recebem orientações claras de seus responsáveis e principalmente quando percebem que são tratados com empatia e que têm importância na família.

Proponho um exercício simples: imagine você na sua infância e seus pais te proibindo de brincar de bola, de boneca, de andar de bicicleta, enfim de fazer algo que você gostava muito. Qual seria sua reação, o seu sentimento? Ruim, não é mesmo?
Agora imagine se seus pais te explicassem de forma transparente os motivos dessa proibição ou diminuição do que você gostava tanto de brincar, e que em contrapartida eles te ouvissem independente de entender os motivos, você provavelmente se sentiria valorizado e como parte importante da família. Lembrem se que a conexão emocional entre pais e filhos é primordial para o bem estar e segurança familiar.

Se a criança tem um ambiente aberto para o dialogo, sentirá segurança para tratar dos mais diversos assuntos e mesmo que  por algum motivo não foi possível monitorar a navegação do internauta mirim, ele mesmo, provavelmente tomará a iniciativa de buscar amparo e um outro olhar para o assunto, e neste momento a possibilidade de instruí-lo surgirá, evitando que ele seja mais uma vítima não apenas do Momo, mas também dos novos perigos digitais.
  
Espero que este texto tenha ajudado e para mais conteúdos continuem lendo nosso blog, nos sigam no Instagram e página do Facebook (@nucleoamao).

Karina Bezerra | Psicóloga CRP 06/76634
Psicóloga Cognitiva Comportamental
Psicóloga Perinatal e Parental

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