Dificuldade? Problema? ou Transtorno de Aprendizagem?





Quanto sofrimento o “não aprender” trás a uma criança?

Difícil mensurar, difícil compreender sentimentos e emoções que a subjetividade dessa situação acarreta,  ela até pode ser invisível aos olhos desatentos, mas o conteúdo explícito não há como fingir que não acontece. Burro, cabeça de lata, marcha lenta, bobão são algumas das alcunhas do “não aprender”, fora a exclusão e o isolamento que ele provoca.

Não importa se é transtorno, dificuldade ou problema de aprendizagem, qualquer um deles, fará do aprender algo muito desagradável e doloroso, precisamos estar atentos aos sinais e intervir enquanto ainda há na criança a curiosidade de descobrir.

Ao aprofundar na palavra "dificuldade" temos algo que impede, dificulta então levando isso para a aprendizagem entendemos que existe um obstáculo, um impedimento que prejudica o processo de aprender. Pode ser qualquer coisa que esteja atrapalhando, por exemplo, um ambiente não adequado (pouca luz, muito barulho, cadeira inadequada...) ou até mesmo um problema pontual do indivíduo  que cause uma dificuldade de aprendizagem, baixa visão por exemplo. No geral com  o uso de um esforço maior, é possível transpor essas dificuldades e avançar no aprendizado. 

Quando pensamos em problemas de aprendizagem, semelhante às dificuldades, os problemas podem estar no sujeito ou fora dele. Externamente podemos falar sobre a ausência de repertório preexistente para realizar certa tarefa, ou seja, possui uma defasagem, isso significa que o sujeito não possui determinada condição (primária) para executar a atividade, existe uma lacuna, um buraco que possivelmente fará surgir um problema de aprendizagem. Já internamente podemos citar as emoções que "travam" atenção que tão necessária é para o aprender.   

Transtornos e/ou distúrbios de aprendizagem tem haver com o funcionamento do organismo, é uma desordem mental, comportamental ou emocional, tem relação com a qualidade das conexões, sinapses do individuo.  Na verdade é um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecíveis e seu diagnóstico é norteado pelo CID 10 e DSM 5 e  deve  ser realizado por médicos especialistas.

Diagnosticar é importante para intervir de forma adequada, mas antes de “patologizar”   é fundamental ter um olhar reflexivo, um olhar que enxerga, escuta e senti. Um olhar que se preocupa  menos com os conceitos/rótulos e mais com o acolher e intervir. Como sempre falo, o encaminhamento para especialistas é o caminho mais seguro para acolher essas crianças de maneira responsável.


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Quem sou:

Maria Christina
Psicopedagoga/Pedagoga CBO 2394/25
Especialista em Produção de Materiais Pedagógicos
Design Instrucional


Após ler este artigo, que tal ler: Modalidade de Aprendizagem






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